domingo, abril 23, 2006

A Rapariga do País de Abril


Habito o sol dentro de ti
descubro a terra aprendo o mar
rio acima rio abaixo vou remando
por esse Tejo aberto no teu corpo.
E sou metade camponês metade marinheiro
apascento meus sonhos iço as velas
sobre o teu corpo que de certo modo
é um país marítimo com árvores no meio.
Tu és meu vinho. Tu és meu pão.
Guitarra e fruta. Melodia.
A mesma melodia destas noites
enlouquecidas pela brisa no País de Abril.
E eu procurava-te nas pontes da tristeza
cantava adivinhando-te cantava
quando o País de Abril se vestia de ti
e eu perguntava atónito quem eras.
Por ti cheguei ao longe aqui tão perto
e vi um chão puro: algarves de ternura.
Qaundo vieste tudo ficou certo
e achei achando-te o País de Abril.
Manuel Alegre

quinta-feira, abril 20, 2006

A Canoa!!


Num largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas
de um lado para o outro. Numa das viagens, ia um advogado e uma professora.
Como quem gosta de falar muito, pergunta o advogado ao barqueiro:
Companheiro, você entende de leis?
-Não, respondeu o barqueiro.
E o advogado compadecido:
-É pena, você perdeu metade da vida.
A professora muito social, entra na conversa:
-Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?
-Também não, respondeu o barqueiro.
-Que pena! Condói-se a mestra-Você perdeu metade de sua vida!
Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco.
O barqueiro preocupado, pergunta:
-Vocês sabem nadar?
-NÃO! Responderam eles rapidamente.
-Então é uma pena- Conclui o barqueiro.
-Vocês perderam toda a vida.

Não há saber maior ou saber menor.
Há saberes diferentes.

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